Open Insurance chegou para virar a chave no setor de seguros. Essa nova abordagem impulsiona a digitalização, amplia a transparência e permite mais inovação nos serviços oferecidos.
A integração de dados entre empresas e plataformas viabiliza produtos mais alinhados com o perfil de cada empresa segurada. O modelo incentiva a concorrência e estimula a eficiência.
O mercado de seguros entra, de vez, na era da informação compartilhada. Uma fase nova, com potencial para transformar relações e abrir novas possibilidades.
Entenda como esse ecossistema funciona e o que ele representa para quem atua nesse segmento.
O que é Open Insurance?
Open Insurance é o modelo de compartilhamento padronizado de dados entre empresas do setor de seguros. A proposta é permitir o acesso, mediante consentimento, a informações sobre apólices, produtos e perfil da empresa segurada.
Esse sistema foi criado para facilitar a portabilidade de serviços e o desenvolvimento de soluções mais personalizadas.
Quando os dados circulam de forma segura entre empresas, fica mais fácil melhorar ofertas e criar experiências mais conectadas com as necessidades de cada empresa contratante.
Essa abertura de dados também favorece a entrada de novos participantes, como plataformas digitais e insurtechs.
Qual a origem do ecossistema open?
O ecossistema open surgiu no setor financeiro com o Open Banking, lançado no Reino Unido em 2018. A ideia era ampliar a concorrência, melhorar a experiência e estimular a inovação com o uso de dados.
No Brasil, o movimento começou com o Open Finance, regulado pelo Banco Central. Depois, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) criou o Open Insurance como uma vertente voltada ao mercado segurador.
As duas estruturas funcionam de forma integrada, com regras próprias para garantir a segurança, a privacidade e a padronização do compartilhamento.
Como o Open Insurance funciona?
O Open Insurance funciona com base em uma estrutura técnica padronizada, que permite o compartilhamento seguro de dados entre diferentes participantes do mercado de seguros.
A troca de informações só ocorre com autorização expressa da empresa segurada. Isso inclui dados cadastrais, apólices contratadas, sinistros e perfis de comportamento.
As informações circulam por meio de APIs (interfaces de programação de aplicativos) que garantem padronização e segurança na comunicação entre sistemas.
Quais são os pilares do Open Insurance?
O Open Insurance se baseia em três pilares centrais que orientam o compartilhamento de dados e a oferta de serviços conectados.
Esses pilares estruturam o funcionamento do sistema, garantem a interoperabilidade e asseguram os direitos da empresa segurada.
1. Compartilhamento de dados cadastrais e de apólices
Esse pilar permite que empresas autorizadas acessem informações como Razão Social, CNPJ, contatos, tipo de apólice e condições contratadas, sempre com consentimento.
O objetivo é facilitar a portabilidade, a comparação e a contratação de seguros mais adequados.
Com base nesses dados, as empresas conseguem oferecer propostas mais coerentes, com maior precisão na precificação dos riscos e maior alinhamento com as preferências individuais.
Isso favorece também a mobilidade entre operadoras, estimulando a competitividade de maneira mais equilibrada.
2. Iniciação de serviços e transações de seguros
Esse ponto trata da oferta de serviços por plataformas integradas, que podem realizar propostas, cotações, simulações e contratações a partir dos dados compartilhados.
Isso simplifica a jornada da empresa contratante e amplia a competição entre as empresas.
Além disso, essas funcionalidades permitem uma experiência mais fluida, com menos etapas burocráticas e maior autonomia na escolha dos produtos.
A digitalização impulsionada pelo Open Insurance torna o processo de contratação mais acessível e dinâmico, incentivando a inovação em diversos pontos de contato.
3. Ambiente padronizado, seguro e com consentimento do consumidor
Todo o ecossistema precisa seguir regras de segurança da informação, com sistemas certificados, consentimento claro e controle dos representantes da empresa sobre os dados. A Susep define os padrões e realiza o monitoramento das operações.
Esse ambiente padronizado evita falhas de comunicação entre diferentes sistemas, reduz riscos de vazamentos e assegura que todas as transações sejam auditáveis.
A proteção da privacidade é um dos fundamentos desse modelo, garantindo que os dados sejam usados de forma transparente e sob o controle da empresa titular. A interoperabilidade entre instituições depende diretamente dessa estrutura técnica e regulatória sólida.
Quais os benefícios do Open Insurance para empresas do setor?
Open Insurance permite que empresas de seguros ofereçam experiências mais inteligentes, com base em dados reais e autorização da empresa contratante. A estrutura digital do modelo cria um ambiente que valoriza a inovação contínua e fortalece a concorrência no setor.
Criação de produtos mais personalizados com base em dados compartilhados
Com o acesso a informações detalhadas, é possível criar soluções sob medida, que atendem demandas específicas e se ajustam às expectativas de cada perfil.
Essa personalização vai além da cobertura: impacta também a comunicação, o relacionamento e o pós-venda. Produtos pensados com base em dados oferecem maior aderência ao perfil da empresa segurada, aumentando a satisfação e reduzindo cancelamentos.
Aumento na eficiência e automação nos processos de venda e atendimento
A integração com APIs permite automatizar etapas, desde cotações até renovações e suporte, com agilidade e menos erros. Esse ganho operacional reduz o tempo de resposta e melhora a experiência da empresa contratante.
Também facilita o trabalho das equipes internas, que passam a contar com sistemas mais ágeis, previsíveis e integrados. Isso diminui retrabalhos e amplia a capacidade de atendimento.
Construção de parcerias com insurtechs e plataformas digitais
O modelo open estimula parcerias entre seguradoras, startups e empresas de tecnologia, criando um ambiente mais inovador e competitivo. Essas conexões:
- ampliam a oferta de serviços;
- aceleram a adoção de soluções digitais; e
- aproximam o mercado segurador de outras indústrias.
Em um cenário de integração constante, a colaboração entre diferentes agentes se torna um diferencial estratégico.
Exploração de novos canais de distribuição com APIs abertas
Com as APIs, surgem novos meios de distribuição, como marketplaces, apps e plataformas financeiras, ampliando o alcance dos produtos.
A presença em múltiplos canais digitais fortalece a visibilidade da marca e cria pontos de contato mais convenientes para a empresa contratante. Isso ajuda a expandir a base de clientes e permite testar novos formatos de comercialização, com mais flexibilidade e agilidade.
Quais são os principais desafios para se adaptar ao Open Insurance?
A adoção do Open Insurance exige mudanças estruturais, adequação regulatória e investimento em tecnologia. Além disso, as empresas enfrentam a necessidade de revisar processos internos e capacitar equipes para operar em um ambiente cada vez mais digital e integrado.
Conformidade com a regulação da Susep
A Susep define regras e cronogramas específicos para a implantação do Open Insurance.
As empresas precisam seguir padrões técnicos, prazos e condições de adesão. Também devem acompanhar as atualizações da regulação, o que exige monitoramento constante e alinhamento entre as áreas jurídica, tecnológica e de negócios.
A não conformidade pode gerar sanções e limitar a atuação no ecossistema open.
Integração de sistemas e segurança da informação
Para compartilhar dados com confiabilidade, é preciso integrar sistemas e proteger as informações, o que inclui:
- certificações;
- criptografia; e
- monitoramento constante.
As empresas precisam investir em infraestrutura tecnológica, adotar boas práticas de segurança cibernética e garantir que seus sistemas estejam preparados para operar em tempo real. A interoperabilidade exige testes rigorosos e atualizações frequentes.
Estruturação de fluxos de consentimento e gestão de dados
As empresas devem garantir mecanismos claros para solicitação e revogação de consentimento, bem como sistemas para armazenar e tratar os dados conforme a LGPD.
Também precisam implementar camadas de auditoria e relatórios que demonstrem transparência nas operações.
A experiência da empresa contratante durante o processo de consentimento deve ser simples e segura, com informações claras sobre o uso dos dados.
Ambiente competitivo e interoperável
O modelo open cria um ecossistema em que empresas diferentes precisam se comunicar e disputar a preferência da empresa contratante. Isso exige flexibilidade e capacidade de adaptação.
A interoperabilidade impõe uma cultura de colaboração entre concorrentes e eleva o padrão de qualidade dos serviços. Quem não conseguir acompanhar esse ritmo pode perder espaço para empresas mais ágeis e com maior capacidade de inovação.
Como a Dimensa apoia empresas do setor financeiro e de seguros?
A Dimensa apoia empresas do setor de seguros com soluções que facilitam a adesão ao Open Insurance. Com a Plataforma Quiver, a empresa integra tecnologias, gera eficiência e garante segurança na gestão de dados.
O Quiver permite operações digitais, compartilhamento de dados conforme as regras da Susep e integração com outros sistemas. Isso simplifica a adesão à regulação e reduz a complexidade operacional.
A Dimensa também oferece suporte especializado para garantir que cada cliente aproveite as oportunidades do Open Insurance. Acesse o site oficial da Dimensa e conheça as soluções.
Em resumo
O que é Open Insurance?
Open Insurance é o modelo que permite o compartilhamento de dados de seguros entre empresas, com autorização da empresa contratante, para oferecer produtos mais personalizados, eficientes e integrados.
Qual é o conceito de Open Insurance?
O conceito de Open Insurance envolve a abertura de dados do setor de seguros por meio de sistemas padronizados, com foco em integração, transparência, inovação e maior controle da empresa contratante sobre suas informações.
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