30/12/2024
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Leitura: 9 min

8 tendências para aumentar a maturidade digital em bancos e financeiras

A maturidade digital funciona como uma bússola, orientando as organizações em suas jornadas de transformação digital e ajudando-as a identificar áreas que necessitam de ajustes e aprimoramentos.

Hoje, os consumidores exigem experiências financeiras rápidas, seguras e personalizadas, e, para atender a essas expectativas e se manter competitivo, bancos e instituições financeiras precisam adotar novas tecnologias que impulsionem eficiência e inovação.

Compreender o nível de maturidade digital é fundamental para que essas instituições alinhem suas estratégias tecnológicas e ofereçam uma experiência aprimorada ao cliente. Além disso, essa compreensão permite identificar oportunidades e riscos, moldando um futuro mais ágil e responsivo às demandas dos consumidores.

Esse entendimento sobre maturidade digital nos leva a uma reflexão importante: como a avaliação dessa maturidade pode impactar diretamente os resultados e a satisfação dos clientes?

E, ainda mais relevante, como as instituições podem aplicar essa análise para navegar em um ambiente financeiro cada vez mais dinâmico? Para explorar mais sobre o tema, continue a leitura.

Entenda o conceito de maturidade digital

A maturidade digital indica o estágio de desenvolvimento de uma organização em sua jornada de transformação, evidenciado pela integração de tecnologias nos processos e estratégias empresariais.

Medir o progresso nessa trajetória envolve observar a capacidade de adotar ferramentas digitais, a eficiência nos processos internos, a experiência oferecida ao cliente e a promoção de inovações constantes.

Instituições financeiras que alcançam um alto grau de maturidade digital conseguem oferecer serviços online de maneira ágil e segura, permitindo que clientes realizem transações, acessem informações e interajam com a empresa em plataformas digitais.

Em empresas como essas, a cultura de inovação é sólida, e a tecnologia é vista como um fator essencial para impulsionar eficiência e gerar resultados.

Esse processo implica também em melhorias na experiência do cliente, visto que a análise de dados permite personalizar as ofertas e compreender melhor o comportamento dos consumidores. Como resultado, os clientes encontram soluções mais alinhadas às suas necessidades, o que se traduz em maior satisfação.

A maturidade digital em bancos e instituições financeiras pode ser comparada a uma planta que floresce em um jardim bem cuidado: quanto mais atenção e recursos são investidos, mais resiliente e frutífera ela se torna.

Alguns dos principais fatores que impulsionam a maturidade digital incluem:

  • cultura organizacional: disposição da equipe em adotar e se adaptar a novas tecnologias;
  • infraestrutura: presença de sistemas e ferramentas integradas;
  • processos: eficiência na aplicação de soluções digitais.

Níveis de maturidade digital

Os níveis de maturidade digital ajudam a classificar organizações de acordo com sua capacidade de adotar e implementar tecnologias digitais. Essa classificação fornece uma base para planejamento estratégico e identificação de áreas para melhoria.

Iniciante

O nível iniciante é caracterizado pela ausência de estratégias digitais bem definidas. As organizações neste estágio geralmente utilizam tecnologia de forma rudimentar, muitas vezes apenas para funções administrativas básicas.

As ferramentas digitais são poucas; por exemplo, utiliza-se e-mail para comunicação interna, mas a falta de integração entre sistemas resulta em processos pouco eficientes e baixa colaboração.

Emergente

No nível emergente, as organizações começam a adotar soluções digitais de forma mais estruturada. Existem iniciativas de digitalização, mas a implementação ainda é inconsistente.

Ferramentas como CRM e plataformas integradas de dados começam a ser adotadas, embora muitas vezes sem uma estratégia unificada.

Conectada

Neste estágio, as tecnologias estão mais integradas e a troca de informações entre diferentes plataformas se torna mais eficiente. As operações são ágeis, proporcionando melhores experiências para clientes e colaboradores.

O uso de dados para decisões informadas é frequente, apesar de ainda haver espaço para otimização em automatização e análise. Avançar para o próximo nível exige o desenvolvimento de um ecossistema digital robusto.

Inteligente

No nível inteligente, organizações utilizam tecnologias avançadas, como inteligência artificial e big data, para fundamentar suas decisões. A inovação é constante, e a capacidade de prever tendências de mercado se torna um diferencial.

Para sustentar esse nível, é fundamental manter o foco na inovação contínua e em uma estrutura colaborativa e ágil.

Líder

Organizações líderes em maturidade digital são pioneiras em inovação, não apenas utilizando tecnologias avançadas, mas também moldando o mercado. Esse nível é caracterizado por uma forte cultura digital e um compromisso com a transformação contínua.

Empresas nesse estágio utilizam dados em tempo real para otimizar operações e oferecem experiências altamente personalizadas, priorizando investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Cenário da maturidade digital em bancos e financeiras no Brasil

O índice de maturidade digital das empresas brasileiras, em média, se encontra em um nível intermediário, com o setor financeiro sendo destaque entre os setores mais digitalizados.

Durante a pandemia, as instituições financeiras que investiram em canais digitais demonstraram uma maior resiliência e performance, refletindo um retorno sobre o patrimônio líquido superior ao das menos digitalizadas.

Este desempenho reforça que a evolução digital está em pleno avanço no setor bancário, trazendo benefícios concretos para as instituições mais inovadoras.

Os bancos líderes de mercado têm ampliado suas ofertas com opções de mobilidade, serviços públicos e de saúde, e investido em tecnologias como Automação de Processos Robóticos (RPA), GenAI e computação quântica, o que demonstra um avanço considerável na disponibilização de soluções digitais para os clientes.

Dimensões digitais para atingir a maturidade

Para que o setor bancário e financeiro alcance a maturidade digital, é fundamental seguir algumas diretrizes estratégicas:

  • estratégia: estabelecimento de uma visão e de objetivos digitais a longo prazo, alinhando as iniciativas digitais com a missão organizacional;
  • governança: estruturação de processos para tomadas de decisão digital, promovendo responsabilidade e transparência no uso de recursos;
  • processos digitais: otimização de fluxos de trabalho por meio da automação, aumentando a eficiência e a agilidade operacional;
  • pessoas e cultura: criação de um ambiente colaborativo e inovador, capacitando equipes para abraçar a transformação digital;
  • infraestrutura: desenvolvimento de uma tecnologia robusta e de sistemas que sustentem as operações digitais, garantindo continuidade nos negócios;
  • decisões orientadas por dados (data-driven): uso de dados para embasar decisões estratégicas, aprimorando a precisão e a eficácia das estratégias;
  • estratégia de tecnologia: planejamento para a integração de novas tecnologias, alinhado às tendências e demandas do mercado;
  • inteligência artificial: incorporação de soluções de IA para automatizar tarefas e gerar insights, expandindo a capacidade analítica da organização;
  • clientes digitais: adaptação aos novos comportamentos e expectativas dos consumidores online, visando uma experiência positiva;
  • fronteiras tecnológicas: exploração contínua de inovações tecnológicas para garantir a competitividade no mercado digital.

8 tendências para aumentar a maturidade digital em bancos e financeiras

Nos últimos anos, as instituições financeiras têm intensificado esforços para elevar sua maturidade digital. As tendências a seguir refletem práticas voltadas à eficiência e à experiência do cliente.

Processos bancários digitais

A digitalização dos processos bancários é essencial para otimizar a eficiência operacional. Inclui a automação de tarefas como abertura de contas e concessão de empréstimos.

Com o uso de inteligência artificial, há avanços na precisão das análises de crédito e na redução do tempo de espera dos clientes. Além disso, chatbots permitem atendimento ao cliente 24 horas, o que proporciona respostas rápidas e eficientes.

Banking as a Platform (BaaP)

O modelo Banking as a Platform (BaaP) transforma instituições financeiras em ecossistemas integrados, oferecendo uma ampla gama de soluções conectadas, como serviços de pagamento e finanças pessoais. Por meio de APIs, desenvolvedores podem criar novas funcionalidades e aplicativos, aprimorando a experiência do cliente.

Cross-Platform

A experiência cross-platform é fundamental para o engajamento dos clientes. Ela envolve a criação de interfaces que funcionam de maneira integrada em diferentes dispositivos, proporcionando uma experiência fluida ao permitir que o cliente inicie uma transação em um dispositivo e finalize em outro.

Gerenciamento de Finanças Pessoais (PFM)

O Gerenciamento de Finanças Pessoais (do inglês Personal Finance Management) refere-se a um conjunto de ferramentas e práticas que ajudam indivíduos a monitorar, gerenciar e otimizar suas finanças pessoais.

Isso inclui o controle de receitas e despesas, a elaboração de orçamentos, o planejamento de investimentos e a definição de metas financeiras.

As soluções de PFM, que podem ser oferecidas por aplicativos ou plataformas online, permitem que os usuários visualizem suas finanças, identifiquem padrões de consumo e tomem decisões sobre como economizar e investir.

Acessibilidade e facilidade no uso dos aplicativos

A acessibilidade é uma prioridade no desenvolvimento de aplicativos financeiros, com interfaces intuitivas e funcionalidades simplificadas que tornam os serviços mais acessíveis a um público diverso.

Além disso, a conformidade com as diretrizes de acessibilidade é essencial para que as plataformas atendam também pessoas com deficiência.

Investimentos em plataformas digitais

O investimento em plataformas digitais tem se intensificado, com bancos alocando recursos para aprimorar a infraestrutura tecnológica. A adoção de tecnologias como cloud computing e big data viabiliza a análise de dados em tempo real e agiliza a oferta de novos serviços, garantindo uma resposta rápida às demandas do mercado.

Challenger Banks

Os challenger banks estão criando novos padrões na indústria financeira. O termo se refere a instituições financeiras que surgem como alternativas às tradicionais, oferecendo serviços bancários por meio de plataformas digitais.

Esses bancos geralmente operam sem agências físicas, focando em uma experiência de usuário mais ágil e moderna, com tarifas mais baixas e serviços mais personalizados.

Através de tecnologia avançada, como aplicativos móveis e inteligência artificial, os challenger banks visam simplificar processos e facilitar o acesso a serviços financeiros, especialmente das gerações mais jovens.

Aprimoramento de serviços no mobile banking

A melhoria contínua dos serviços de mobile banking é como afinar um instrumento musical. À medida que os músicos ajustam cordas e notas para uma harmonia perfeita, os bancos devem aprimorar seus aplicativos para oferecer uma experiência mais fluida e eficiente aos clientes.

Os consumidores esperam funcionalidades avançadas, como transferências instantâneas, pagamentos por aproximação e gerenciamento de cartões, tudo com máxima conveniência e segurança.

A melhoria do mobile banking também deve priorizar a segurança: os usuários querem processos rápidos para verificação de identidade, sem abrir mão da confiabilidade e proteção de dados.

Aumente a maturidade digital com as soluções da Dimensa!

A Dimensa oferece soluções que potencializam a maturidade digital, não apenas no setor financeiro, mas também em outros segmentos, como varejo, indústrias, custodiantes e muito mais. Entre nossas soluções, que utilizam tecnologias de ponta, como Inteligência Artificial e Big Data, destacam-se

  • Plataforma Vadu: software para análise de crédito que atua em todas as frentes da gestão de crédito com automação, trazendo mais facilidade e segurança para o dia a dia da sua gestão.
  • Core Banking: sistemas que permitem uma gestão financeira integrada e automatizada, agilizando as operações e centralizando informações.
  • Onboarding Digital: processos simplificados de integração de clientes, com IA para validação rápida e precisa das informações, melhorando a experiência inicial do usuário.
  • Background Check: ferramentas de análise de perfil e histórico dos clientes, reforçando segurança e compliance.
  • Banco Digital: plataformas que proporcionam uma experiência digital completa e segura, com funcionalidades que ampliam a conveniência para os usuários.

Essas soluções não só otimizam processos e reduzem custos, mas também elevam a satisfação do cliente, transformando a operação das instituições financeiras e proporcionando insights fundamentais para a tomada de decisões estratégicas.

Com a integração de tecnologias avançadas da Dimensa, bancos e financeiras podem alcançar níveis mais altos de maturidade digital, estando mais preparados para enfrentar os desafios do mercado e se destacar frente à concorrência.

Em resumo

Como medir maturidade digital?

Medir a maturidade digital envolve a avaliação de vários aspectos de uma organização, como a integração de tecnologia nos processos, a cultura de inovação, a qualidade da experiência do cliente e a capacidade de análise de dados.

O que é maturidade tecnológica?

A maturidade tecnológica refere-se ao nível de desenvolvimento e integração de tecnologias em uma organização, avaliando como essas ferramentas são utilizadas para otimizar processos, melhorar a eficiência e impulsionar a inovação.

Créditos da imagem: Freepik

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