A fraude bancária tem se tornado um problema crescente no cenário financeiro, principalmente com o avanço das tecnologias digitais.
À medida que novos sistemas são criados para facilitar transações e pagamentos, os criminosos também desenvolvem métodos cada vez mais sofisticados para explorar vulnerabilidades.
Entender os diferentes tipos de fraudes bancárias e suas características é fundamental para prevenir esses crimes, que podem causar prejuízos para instituições financeiras e clientes.
Neste artigo, abordaremos as principais formas de fraude e as medidas que podem ser adotadas para combatê-las. Acompanhe!
Diferença entre fraude e golpe
A fraude é um ato ilícito que envolve a manipulação ou distorção de informações com o objetivo de obter benefícios financeiros de forma ilegal. Esse crime pode ocorrer em diferentes contextos, como transações bancárias, cartões de crédito, empréstimos e investimentos.
Já o golpe é uma forma específica de fraude, caracterizada por ações diretas para enganar a vítima, geralmente por meio de mentiras ou disfarces.
A diferença principal está no método empregado: golpes são, em geral, mais simples e facilmente perceptíveis, enquanto fraudes tendem a ser mais elaboradas e difíceis de detectar. Ambos, no entanto, resultam em prejuízos financeiros e são práticas ilegais.
Tipos de fraude bancária
A fraude bancária assume várias formas, e os criminosos estão sempre buscando novas maneiras de explorar vulnerabilidades no sistema financeiro. Aqui estão alguns dos tipos de fraude bancária mais comuns.
Falso funcionário
Nesse tipo de fraude, criminosos se passam por funcionários de bancos ou instituições financeiras para obter informações confidenciais de clientes. Isso pode ser feito por telefone, e-mail ou até mesmo pessoalmente.
O golpista entra em contato com a vítima, geralmente alegando que há algum problema com sua conta ou que precisa de informações adicionais para atualizar seu cadastro. A vítima, acreditando estar falando com um funcionário legítimo, fornece dados sensíveis, como senhas e números de conta.
Roubo de identidade
O roubo de identidade ocorre quando o criminoso usa as informações pessoais de uma vítima, como CPF, número de identidade, endereço e dados bancários, para realizar transações financeiras fraudulentas.
Esses dados podem ser obtidos por meio de vazamentos de informações, hacking de bancos de dados ou até mesmo por meio de redes sociais, onde muitas pessoas compartilham dados pessoais.
Após obter essas informações, o criminoso pode abrir contas em nome da vítima ou fazer compras e transações bancárias, causando grandes prejuízos financeiros.
QR Code
Fraudes envolvendo QR Codes têm se tornado cada vez mais populares, especialmente com o aumento do uso de pagamentos por dispositivos móveis.
Os criminosos criam QR Codes falsos que redirecionam as vítimas para sites fraudulentos ou aplicativos de pagamento falsos.
Quando a vítima escaneia o código, é direcionada a páginas que solicitam dados bancários ou, em alguns casos, pagamentos sem consentimento.
Phishing
O phishing é uma técnica de fraude online onde os criminosos enviam e-mails ou mensagens falsas, disfarçadas de comunicações legítimas de financeiras, para enganar as vítimas e obter informações pessoais, como senhas, números de cartões de crédito ou dados bancários.
As mensagens geralmente contêm links que direcionam para sites falsos, visualmente idênticos às páginas originais. A vítima, ao inserir suas informações, as fornece diretamente ao criminoso, que pode usar esses dados para realizar transações fraudulentas.
Boleto falso
O golpe do boleto falso é um dos tipos mais comuns de fraude bancária. Nele, o criminoso altera as informações de um boleto bancário legítimo, como o número da conta ou o código de barras, e envia o boleto para a vítima, fazendo com que ela pague um valor destinado ao golpista.
Esse tipo de fraude pode ser realizado por e-mails, sites falsos ou até mesmo por meio de correspondência física. Ao pagar o boleto, a vítima acaba transferindo dinheiro para a conta do criminoso, sem saber que se tratava de um golpe.
Engenharia social
A engenharia social é uma técnica usada pelos criminosos para manipular pessoas e fazer com que elas revelem informações confidenciais. Em fraudes bancárias, a engenharia social é utilizada para enganar os funcionários do banco ou os próprios clientes, criando situações de urgência ou confiabilidade falsa.
O criminoso pode se passar por um colega de trabalho, cliente ou superior hierárquico para obter acesso a informações bancárias ou realizar transações fraudulentas.
Golpe do PIX
Com a popularização do PIX, surgiram diversas fraudes relacionadas a esse método de pagamento. Criminosos geralmente entram em contato com a vítima, se passando por uma pessoa conhecida, e solicitam transferências via PIX.
Outro método envolve adulterar dados bancários ou enviar mensagens falsas, levando a vítima a realizar pagamentos indevidos. Esses golpes estão frequentemente associados à clonagem de contas de WhatsApp ou outras plataformas de comunicação.
Entenda a responsabilidade do banco em caso de fraude
Embora as instituições financeiras adotem medidas para proteger os clientes de fraudes bancárias, a responsabilidade em caso de prejuízo pode variar conforme a origem do problema.
Em situações onde a fraude ocorre devido a falhas de segurança do banco, como vulnerabilidades no sistema de proteção de dados, a instituição pode ser responsabilizada e obrigada a devolver o valor perdido pelo cliente.
No entanto, se a fraude ocorrer devido à negligência do próprio cliente, como compartilhar senhas ou informações bancárias com golpistas, o banco pode não ser responsável pela perda.
Cada caso deve ser analisado individualmente, considerando a natureza da fraude e as circunstâncias envolvidas.
Como as instituições financeiras podem prevenir a fraude bancária
As instituições financeiras devem estar sempre atentas aos novos métodos de fraude e adotar estratégias de prevenção para proteger seus clientes e seu próprio sistema bancário.
A prevenção à fraude é uma responsabilidade compartilhada entre o banco e seus clientes, e há diversas maneiras de combater as fraudes bancárias de forma eficaz.
Educação do cliente
Informar e educar os clientes é uma das estratégias mais eficazes para prevenir fraudes bancárias. As instituições financeiras devem oferecer informações claras sobre como identificar fraudes, os riscos de compartilhar informações bancárias e como proteger dados pessoais.
Programas de conscientização, alertas de segurança e orientações sobre como identificar tentativas de phishing ou outros golpes são fundamentais para manter os clientes informados e preparados para evitar cair em fraudes.
Monitoramento de transações suspeitas
A tecnologia de monitoramento de transações em tempo real é uma das melhores formas de detectar fraudes antes que elas causem grandes danos.
As instituições financeiras podem usar sistemas automatizados para analisar padrões de comportamento de transações e identificar atividades suspeitas, como transferências de grandes valores, pagamentos para contas desconhecidas ou tentativas de login em horários incomuns.
Quando detectadas, essas transações podem ser bloqueadas ou analisadas por especialistas em segurança para prevenir perdas financeiras.
Proteção de dados pessoais
A segurança dos dados dos clientes deve ser uma prioridade para as instituições financeiras.
Tecnologias como criptografia, autenticação multifatorial e protocolos seguros de armazenamento e transmissão de informações são indispensáveis.
Essas medidas protegem dados sensíveis, como números de contas, senhas e informações de cartões de crédito, contra acessos não autorizados, dificultando a ação de criminosos.
Combate ao phishing
O combate ao phishing é fundamental no combate a fraudes. Além de educar os clientes sobre os riscos de phishing, as financeiras devem implementar tecnologias que detectem e bloqueiem e-mails fraudulentos e sites falsos.
As instituições também devem fornecer canais de comunicação seguros para que os clientes possam verificar a autenticidade de qualquer solicitação ou mensagem recebida.
Verificação de identidade
Garantir que as transações sejam realizadas apenas por pessoas autorizadas é uma etapa crucial na prevenção de fraudes.
As instituições financeiras devem implementar processos seguros de verificação de identidade, como o uso de biometria, autenticação de dois fatores e verificação de documentos.
Essas medidas aumentam a segurança e melhoram a experiência dos clientes, que se sentem mais protegidos ao realizar transações financeiras.
Background Check
O Background Check é uma ferramenta decisiva para a prevenção de fraudes bancárias, especialmente ao avaliar a confiabilidade de pessoas ou empresas em transações financeiras.
Esse processo envolve a checagem de informações como registros criminais, histórico financeiro e vínculos com organizações de má reputação, ajudando a identificar riscos potenciais.
Além de ser uma prática preventiva, o Background Check é fundamental para atender às exigências legais de conformidade, como a prevenção à lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.
A Dimensa oferece uma solução eficiente de Background Check, permitindo a análise detalhada de dados de indivíduos e empresas.
Com o uso de inteligência artificial e análise em tempo real, a plataforma ajuda instituições financeiras a fortalecerem sua segurança, principalmente nos processos de Onboarding e monitoramento de transações.
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Em resumo
Qual a diferença entre fraude e golpe?
A fraude é um ato ilícito que envolve manipulação ou distorção de informações para obter benefícios financeiros de maneira ilegal. Já o golpe é um tipo de fraude, mas que é mais caracterizado pela ação direta de enganar a vítima, geralmente por meio de mentiras ou disfarces.
Tipos de fraude bancária
Entre os tipos de fraudes bancárias mais comuns estão:
- Falso funcionário;
- Roubo de identidade;
- QR Code;
- Phishing;
- Boleto falso;
- Engenharia social;
- Golpe do PIX.
Qual a responsabilidade do banco em caso de fraude?
Em situações onde a fraude ocorre devido a falhas de segurança do banco, como vulnerabilidades no sistema de proteção de dados, a instituição pode ser responsabilizada e ser obrigada a devolver o valor perdido pelo cliente.
No entanto, se a fraude ocorrer devido à negligência do próprio cliente, como compartilhar senhas ou informações bancárias com golpistas, o banco pode não ser responsável pela perda.
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